sexta-feira, 13 de novembro de 2009

Lenda: Um mito anda na construção de Brasília: uma suposta matança, em 8 de fevereiro de 1959. Os crimes teriam sido cometidos pela Guarda Especial de Brasília (GEB), vinculada à Novacap. Desde sempre, o episódio faz parte da história secreta da construção. Os motivos: uma briga corriqueira, na cozinha, entre dois trabalhadores ou a explosão de protestos pela má qualidade da alimentação do acampamento, ao lado do Palácio da Alvorada. Os policiais tinham justificado fama de agressividade, eram quem impunham o toque de recolher. Cortava a água para impedir banhos, sem banhos ninguém ousaria procurar prostitutas na Cidade Livre. Eram usados para manter a ordem porque Brasília não podia parar. Um cozinheiro diz ter visto operários sendo mortos na cama, ainda adormecidos. Houve relatos de corpos jogados no Lago Paranoá, ainda seco.Nas investigações nada comprovaram, e continuou a suspeita de que tenha sido ampliada por líderes sindicalistas – ou tirada do mapa pelas autoridades, a mando de Israel Pinheiro. Não houve condenações. Não se conhecem o nome dos mortos ou sepulturas. O massacre virou lenda – menor apenas que outra, segundo a qual dezenas de operários morreram ao erguer os "28" (referência aos 28 andares de cada um dos dois edifícios anexos do Congresso, aqueles que formam um "H" entre as cúpulas), e ainda hoje seus fantasmas rondam o lugar, tal quais os arranca-línguas que, no folclore de Goiás, atacam os bois no pasto.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Pesquisa personalizada